Irra a paneleiragem.

Tempos em que os homossexuais queriam adoptar uma criança em Portugal e não podiam? JÁ ACABOU JÉSSICA.
20 de Novembro de 2015 é a data em que Portugal entrou no Século  XXI, ou, como disse uma sábia rapariga no Twitter há uns tempos atrás, "Em pleno século 2015".
Claro que ao ver um país a evoluir, revelam-se as mentalidades mais atrasadas: O Zé Povinho. É muito fácil identificar um, sendo este o Zé Povinho Starter Pack:
- "Há assuntos mais importates para se tratar e resolvem este?". O Zé Povinho é como a Sininho do Peter Pan, o seu cérebro só aguenta um problema de cada vez. Torna-se difícil perceber então em que século ou milénio é que este problema se ia tratar, visto que arranjam sempre mais algum assunto que pareça ter mais importância para ser resolvido.
- "Vão todos arder no inferno. A Bíblia diz Adão e Eva, e não Adão e Ivo". O livro em que um homem ressuscita, anda por cima da água, transforma água em vinho, diz que isto é um acto contra a natureza. Que sacrilégio! É quase tão engraçado de se ver como aquele grupo de Cristãos que estão chateados com os copos da Starbucks deste Natal por não terem duendes e o Pai Natal e, bem... todas essas criaturas da Bíblia, não é verdade?
- "Pobres das crianças que vão sofrer tanto com estes atrasados mentais". Neste tenho de concordar. Permitiram agora um casal homossexual adoptar uma inocente criança e darem-lhe amor e carinho e casa e comida e bebida e educação quando elas podiam estar numa instituição até aos 18 anos a receberem um Hi5 como acto de carinho? Como se atrevem eles?
- "Lá vão as crianças crescerem e tornarem-se bichas também. Irra a paneleiragem!" Este ainda não percebi se estão a falar a sério, ou apenas não conseguiram perceberam a tamanha estupidez sem sentido que estão a dizer. Pensem comigo, Zé Povinho: Se só hoje é que foi aprovada a adopção de crianças por homossexuais, logo, antes os pais eram todo heterossexuais, como é que há homossexuais em Portugal se só hoje é que foi permitido eles serem pais? Houve uma falha na educação dos pais heterrosexuais que sem querer enganaram-se a explicar às crianças que um homem deve ter uma mulher, e sem querer disseram que um homem tem de ficar com um homem? Talvez tenha sido, acontece, todos erramos de vez em quando.

Claro que depois há ainda aqueles casos em que um indivíduo negro comenta algo contra esta aprovação. Será ironia ou apenas estupidez uma pessoa oprimida por ter nascido negra que passa a sua vida inteira a mostrar ao Mundo que é igual aos outros, que não tem "culpa" de ter nascido assim, critica uma outra classe oprimida por também terem nascido assim?

Agora que já sabes identificar um Zé Povinho, joga com os teus amigos às "Escondidinhas do Zé Povinho". Costumam estar escondidos nos comentários no Facebook do TVI24 ou outras páginas de notícias. Se estiveram lá  muito tempo, tens direito a dizer não "Estás aí há muito tempo, sai do caixão" (termo usado pelas crianças: "Sai do caixão" = "Estás há muito tempo no mesmo sítio"), mas sim "Sai do armário".
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Portugal at his finest.

Aderindo à moda do No Shave November, Portugal decidiu mais uma vez agarrar algo que está em voga por todo o Mundo e adaptá-la à maneira portuguesinha, criando o: No Governo November.
Ignorando todos os interesses da maioria dos 60% da população portuguesa que foi votar, a Esquerda assume controlo do Governo português. Até o Partido Pessoas-Animais-Natureza deitou abaixo o Coelho. Se não fossem essam 15 pessoas revoltadas do PAN, não sei se tudo isto que está a acontecer seria possível. Acontece a moção de rejeição que toda a gente já experienciou na sua carreia escolar, quando a turma vota num aluno e a DT acha que o escolhido não tem as capacidades necessárias para o cargo, então decide escolher o menininho-das-Professoras para representante da turma. Exactamente a mesma coisa, só que esta moção já é para meninos crescidinhos.
O Sr. Batata dos filmes do Toy Story decide juntar-se ao BE e ao PCP e todos juntos de mão dadas derrubam o Governo. Diga-se de passagem que o António Costa sempre teve cara de menino que na escola, se não tivesse o tema de trabalho que queria, ia ter com a Professora e fazia o colega que teve o tema a abdicá-lo para poder ser ele a fazê-lo. E tem cara de quem anda com a saturação do Instagram no máximo, mas na vida real. E também tem cara de um daqueles fantoches dos políticos, que dava no Contra Informação.
Sendo assim, Portugal passa a ser governado pela Esquerda, tornando-se assim um país West-COSTa.
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D'Bandada 2015.

O primeiro sucesso da noite foi quando conseguiste ir até Porto São Bento sem pagar a viagem do comboio e, por isto, agradeces às paragens de 5 minutos em Porto Campanhã que te dá tempo para ires para o outro lado do comboio.
Chegas aos Aliados com aquela fomeca de McDonnals, mas a fila que vai até Valadares obriga-te a ir ao Via Catarina, que ao chegares ao shopping apercebes-te que mais 70 mil pessoas tiverem a tua ideia que no início da noite parecia ser tão genial.
De barriga cheia para conseguires chegar ao fim da noite sem gregares, tu e o teu grupo vão rumo à Praça dos Poveiros, onde para quem não a conhece passa a viagem toda a dizer "Onde é a Praça dos Coveiros?". Pelo caminho, encontras aquele teu colega de turma que já não vês desde o 8º ano, avistas de longe a maior porca da tua cidade e passas a 5 centímetros do teu namorado de primária que já não falam desde então. E é nesta viagem que baptizas a garrafa de álcool que trouxeste, onde a noite fresquinha começa a aquecer.
Chegam mesmo na altura perfeita: Quando o concerto do Mike el Nite está quase a acabar. Ainda há zonas respiráveis na multidão, então vais para o sítio mais perto da frente, mas não tão à frente para poderes ir a meio dos concertos à barraquinha da Super Bock, para quando a tua garrafa acabar. O Mike lá canta a Mambo nº1, e as 9 pessoas que a conhecem ficam desiludidas pelo Prof Jam não ter aparecido, e o maior aplauso que a multidão lhe dá é quando ele diz "Bem pessoal, o meu concerto está quase a acabar".
Chega DEAU e os típicos cantos do FCP começam. Pessoas de todo o país, subitamente tornam-se todas de 4400. Quantos carecas de 1,50m estavam nesse momento no meio da multidão? Reza a lenda 4400. Acontece aquele momento irónico em que estás a fumar canhão enquanto ele canta a Andorinha, os thugs do hip hop derretem quando a Teresinha entra no palco, e a multidão enlouquece quando o Bezegol entra de surpresa, onde cantas tanto a "Diz-me só" que ficas com a voz como a dele.
O concerto acaba e perfuras as 13 mil pessoas atrás de ti só para ir buscar um fino e pipocas, porque parece que McDonnalds não foi comida suficiente para não ficares mal-disposto. Na volta para o teu lugar, temes pela tua segurança quando dás um empurrãozinho na multidão só para passares entre eles, onde acabar por entornar 30% do teu fino. As pipocas acabam por não ser comidas, foram apenas utilizadas para atirares àquela gaja que se meteu à tua frente nas cavalitas do seu namorado. Foram uns 2 euros bem gastos.
Mundo Segundo e Sam the Kid entram no palco, Porto vai abaixo. A potência com que o Sam canta os versos dele da "Tu não sabes" fazem-te aperceber que ele é Kid mas não está ali para brincadeiras, e o membro dos Dealema também dá um espectáculo de outro Mundo. O momento emocional da noite foi quando a "Era uma vez" começa a dar. Valeu a pena gastar o gás do isqueiro todo que acendeste para tornar aquele momento ainda mais lindo. Para reanimar o ambiente festivo, o Maze entra em palco e todos cantam "Brilhantes Diamantes" a pensar nos Morangos com Açúcar, na temporada em que o Manel grafiter rebelde entrava, e actuação acabou bem com a "Poetas de Karaoke".
Mais uma vez, o concerto acaba e fazes mais uma visita à Super-Bock, onde encontras pelo caminho mais 20 amigos.
Em Valete, estava tão cheio que parecia que estávamos num barco dos refugiados. "Melhores anos" sem Jimmy P foi giro, mas não foi o mesmo. Houve um Bónus, quando para além de Valete entrou também o Adamastor, para cantarem os 3 a Canal 115. De seguida chegou o novo membro do grupo, que penso que era suposto ele cantar uma em homenagem ao Sam the Kid mas ele deve ter percebido Sam Smith, então cantou a "Stay with me", que só deve ter cantado essa porque um pedaço do público começou a ir embora então ele estava a cantar para eles ficarem. O ponto alto da noite foi quando a Roleta Russa começou a dar, parecia que estávamos numa orgia.
Os concertos acabaram, estão todos satisfeitos e com cerveja no cabelo porque a pessoa atrás de ti que estava nas cavalitas do amigo vibrou tanto que entornou-a para cima de ti.
Estás com um grupo de 15, vão para os Aliados e já são só 10, dos Aliados vão para o Piolho onde já são só 5 (onde um deles foi um conhecido que se mitrou), do Piolho vão para o 77 onde são só 3 do grupo original, e no 77 acabam por ser 25, onde 20 são desconhecidos. Do 77, voltas para os Aliados, que é onde a tua boleia vai ter. Neste caminho todo, passas ocasionalmente 2 vezes pelo DEAU.
Chegas a casa com Parkinson nas pernas. Comes 38 euros em produtos alimentares e deitas-te ao nascer do sol. Apercebes-te que talvez tenhas bebido demais, quando relês as mensagens que mandaste a meio da noite, as que dizem "Estou mesmo no meio da multidão, vou levantar a mão para me veres", quando estavas em concertos de hip hop.
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Beijinhos aos familiares avecs.

Oh não, os refugiados estão a chegar e vão destruir a nossa santa pátria e arruinar a imaculada e cristalina nação portuguesa!
 Um país que está cheio de pessoas que dizem aos sem-abrigos "Drogados, ide trabalhar para terem uma casa em vez de gastarem em cavalo para chutar" estão agora a defendê-los, que bela e repentina união lusitana. Só deviam ser contra a vinda de certas pessoas para Portugal e essas pessoas são os donos daqueles sites brasileiros que publicam notícias sobre os refugiados tão verdadeiras como o facto de o Sócrates ter pedido uma pizza da Telepizza como primeira refeição em domiciliária (acabou por se revelar um golpe publicitário da Telepizza). 
Vá portugueses, vamos continuar todos a dar esmolinhas e a ir todas as Sextas à Sopa dos Pobres no Salão Paroquial e a dar uma palavra amiga aos nossos sem-abrigos, que é o que temos todos feito desde sempre, não é? 
Cumprimentos aos vossos familiares que estão todos emigrados em busca de uma vida melhor.
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Universidade.

"Estou naquela altura do mês :S" "Queres um penso higiénico?" "Não, aquela altura em que vou saber se os 37 minutos de estudo em 3 anos de Secundário que tive vão ser recompensados, se entrar na Universidade"
Ah, o cheiro a estados no Facebook "Resultado: Colocado" paira no ar...
Ao leres cada um atentamente, ficas a pensar que tens muitos azares na vida, mas entrar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro não é um deles. Vês os alunos de Artes que acabaram o 12º ano a mudar a descrição do Instagram de "Art Student" para "Unemployed". Ficas contente ao pensar que o teu Curso não tem saída, mas tem ntrada. Não és de Artes, mas ficas a desejar ser só pelas festas que há na Universidade de Belas Artes no Porto.
Raios, porque é que não me esforcei estes 3 anos, agora estaria a realizar o meu sonho de ser Treinadora de Golfinhos...
Ignoras, por educação, aqueles amigos que não metem estados no Facebook, porque eles pensam que ainda ninguém reparou que não entraram na 1ª fase. Vês que este ano houve muita gente a concorrer para a Universidade da Vida no Curso Transporte e Distribuição de Substâncias Comestíveis Altamente Açucaradas aka Traficante de Gomitas. Ficas contente por aquela cabra ter só sido aceite na Universidade do Minho ou do Faro. 
E depois há aqueles ignorantes, que metem "Resultado: Colocado. Instituição: Hogwarts. Curso: Magias Negras", e nem sabem que Hogwarts é uma escola e não uma Universidade... Só mesmo muggles, pffff.
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Instagram.

O Mundo é uma constante evolução: A gordinha emagrece, a feia faz Don't Judge Challenge, a pobre vende caldo Knorr a fingir que é haxixe até enriquecer, e o Instagram deixa de aceitar só fotos quadradas.
Esta actualização é uma dieta de emagrecimento para o telemóvel. Ao apagares o InstaSize, o SquareInstaPic, o InstaShot, InstaCut, etc., o teu telemóvel até vai emagrecer uns Megabytes. Quem fica a perder são os donos das apps que vão ter de arranjar uma nova maneira de se sustentarem. Quem sabe, ainda criam apps que permite meter fotos redondas no Instagram.
As fotos vão deixar de ser quadradas, mas as pessoas que pensam que ao meterem fotos lá de  ""Giveaways"" de IPhones se tiram print ao perfil da ""Apple"" e seguirem a conta e identificarem 3 amigos de Lisboa, a tua tia que criou Instagram, sabe lá Deus porquê, e um dos membros do Tokio Hotel, vão receber um, vão continuar a ser bestas quadradas.
O Instagram é uma rede social ainda "não poluída", tendo apenas uma regra básica de sobrevivência: Publicar a foto entre as 20:30 às 23:00 para um maior número de likes.
É uma rede social para todos. O cacetado mete a foto do charro a ser feito, e escolhe um filtro tão bonito como o filtro em SO que fez para meter no charro. O pale ganha uma razão para poder comprar água Fiji, casacos da Nike e Malboro Pink da Hello Kitty que arranja online. O viajado arranjara uma maneira mais fácil de meter nojo aos pobres, quando publica uma foto dos pés dele no topo do Everest, uma dele nas termas do Gerês, e outra selfie a andar de lama no Machu Picchu. A pita vai tentar arranjar reputação de rua, quando publica uma selfie de olhos à chinesa, com uma Somersby na mão, e mete na descrição "E+stou tooofda fou~di da,,!" e na manhã seguinte vai comentar "Não me lembro de ter tirado esta foto.".
Há inúmeros tipos de pessoas no Instagram, mas o pior é que mete as fotos com o filtro Amaro. É um filtro tão mau que o Eça de Queirós vai mudar o nome do livro para "O Crime do Filtro Amaro".
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Tchá a tchuber tchouriças.

Chuva em Agosto, acordar e interagir com o Mundo nem dá gosto.
O dia começa com 13 mensagens e 7 chamadas não atendidas a perguntar se é para ir para a praia. Só se precisasse de algo para cortar vidro e fosse para lá até os meus mamilos ficarem duros o suficiente para esse cargo. Quem esperou o ano todo para ver a chuva de meteoritos Perseidas, vê apenas chuva. Chuva de água. E se apanhares chuva, talvez tenhas sorte e não apanhas juntamente uma Bronquite Aguda que nem depois te permite fazer uma sesta, só para o tempo passar, por causa da tosse com expectoração que te dá nojo de seres quem tu és.
É nestas tardes que pensas "Que saudades do môh munino Wareztuga", enquanto checkas se o San Andreas já saiu no Popcorn Time, porém acabas por ver um filme que tens a certeza que já viste na SIC numa daquelas tardes de Domingo de 2009. Ganhas uma osteoartrose no dedo polegar da mão por estares constantemente a actualizar as redes sociais, que se assemelham àquela quinta ao frigorífico durante a noite: Não há nada de novo. No Instagram são apenas 6 fotos seguidas da Kim Kardashian, que parece que estás a jogar ao "Descobre as diferenças", porque parecem todas iguais. Acabas por stalkar uma conta aleatória que comentou uma das fotos dela. No Snapchat descobres que o Algarve já não faz parte de Portugal, visto que o sol que quase que derrete o ecrã quando abres o snap não pode estar no mesmo meridiano que o resto do país. Acabas por tirar um snap aos teus lençóis, meter o filtro a preto e branco, meter a velocidade "0 km/h" e dizes "Velocidade a que está tarde está a passar". Vais ao Facebook ocultar todas as publicações com vídeos pornográficos que te identificam, antes que algum familiar teu veja. Acabas por ver um vídeo para emocionar o público feito por uma organização chinesa que o Tá Bonito partilhou. No Twitter já não aparece um tweet novo há 47 minutos. Acabas por reveres todos os tweets que já fizeste até 2013 e num piscar de olhos já estás a ver uma conta chamada Pomba onde os tweets são apenas "Pru pru" ou "Pruuuu pru" e fascinas-te com o número de RT's que aquilo tem. Por fim, acabas por ir ao teu Tumblr para gastar tempo a responder às 0 asks que recebeste.
Isto tudo e ainda só são 15h. Já estás naquela fase de desespero em que vais lavar os dentes pela 4ª vez desde que acordaste, e depois de 17 minutos a escovar, decides esfoliar a pele até ficares com queimaduras de 1° grau ao fim de 45 minutos a raspar pedrinhas na cara, e tentas cortar as unhas, onde acabas por pensar "Mais valia tê-la roído que ficava direito", tudo isto como forma de entretenimento.
Vais lanchar um queijo mozzarella, onde já sabes que te espera um sermão da tua mãe por teres comido o queijo que ela ia usar para uma refeição, apesar de já estar lá desde Novembro, e Cheerios secos a acompanhar.
Repetes tudo o que já foi relatado até à hora do jantar, e depois à noite, todos os que estiveram em casa mas não publicavam nada, só para não parecer que não têm uma vida fora do computador, começam a tweetar e ficas a vegetar até às 4h da manhã com o telemóvel com o brilho no mínimo porque tantas horas com a luminosidade no máximo levou-te ao derretimento da íris e arruinou-te os anos de visão de falcão com um estigmatismo.
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Surf at Night 2015.

Dacasca Bar. Dacasca Bar é onde a noite de 8 de Agosto começa.
Os jovens localizam-se todos lá, cada grupo à porta a iniciar o convívio. Tens a tua garrafa de 1,5 litros de receita, onde tens de dizer a quem pergunta o que aquilo é que são as tuas análises de urina para evitar que alguém te peça e lá se vai 6% da tua bebedeira. De seguida, aqueles que compraram os bilhetes no Last2Tickets (que gerou a maior confusão porque há sempre aqueles clássicos problemas onde vais ao multibanco pagá-los e a caixa engole-te o cartão e não podes pedir ajuda ao banco porque é Sábado e está fechado, então tens de ligar à amiga que vive mais perto para vir ter ao banco pagar com o cartão dela, e depois dessa crise resolvida, chegas a casa para imprimir o comprovativo de que compraste-os para mostrar à entrada no recinto e trocá-lo pela pulseira, a tua impressora fica sem tinteiros e tens de voltar a recorrer à tua amiga) dirigem-se para a fila mais desfigurada que ia até Matosinhos, onde se encontrava toda a gente da tua cidade, e claro que uma pessoa tem de se fazer à vida e ir ter com os amigos que estão no início da fila, arriscando a sua segurança pessoal e ultrapassar 420 indivíduos alcoolizados com cadrasto violento.  Depois de já teres colado as pulseiras aos teus amigos e eles a ti, ficam ainda fora no recinto a acabar com as garrafas porque recusam a deitar 20 cêntimos fora da garrafa de 5€, e têm Dentinho como música de fundo e respondem "Não" quando ele pergunta "ENTÃO CORTEGAÇA, ESTÃO A CURTIR?".
São 23h, Dillaz está prestes a começar:
As pessoas começam a entram no recinto, a luta pela frontline está no seu auge. Cada um esforça-se mais para mostrar que acompanha Madorna 75, até que ele começa a cantar sons do Cria Actividade e calam-se todos, e retornam a usar as cordas vocais quando a Não Sejas Agressiva começa a tocar. É um momento lindo, a vista das mãos a fazerem o típico movimento de cima para baixo, mesmo à hip hop, emociona uma pessoa.
São 23:45, o concerto acaba e, depois de 45 minutos a orar a Deus para não arrebentar-te a bexiga no meio da multidão, corres para a WC portátil que tem menos xixi no tampo e procuras um rolo no chão das outras. Depois de ligares a lanterna do teu telemóvel, rezares para não apanhares alguma doença transmissível para não teres de comprar Ginocanistene, e emagreceres 3 litros, passas pela barraca da Super Bock onde compras 30 Somersbys para dares 15 chapéus às tuas amigas e voltas a correr para o lugar em que estavas.
São 00:00, DEAU entra em palco.
4400 em peso. O cântigo "SLB... SLB... SLB SLB SLB, FILHOS DA PUTA, SLB... FILHOS DA PUTA SLB!" ouve-se mais do que o próprio DEAU, e é neste momento em que pensas que ele vai cantar a música dele "Filho da Puta". O momento irónico do concerto é quando estás a fumar canhão enquanto ele fala sobre o mal da droga antes de começar a cantar a Andorinha. Depois, a sua irmã Teresinha aparece. Para quem não gosta de crianças, foi inevitável não derreter com ela. Ponto alto da noite: Vem Bezegol ao palco e o festival em peso canta a "Diz-me só", como estivéssemos todos numa competição de quem canta mais alto.
00:20 vais, mais uma vez, à barraca da Super Bock comprar uma sangria, e mais umas não sei quantas bebidas a menores de idade que não conheces de lado nenhum.
00:30, Bezegol entra no palco. Não interessa se já o viram 19 vezes, o entusiasmo pelo ar é palpável. O ambiente está incrível, todos os desconhecidos parecem amigos, gritas " ALGUÉM ME ARRANJE UMA MORTALHA" e ela vai parar às tuas mãos não sei de quem. Gritas, berras, e quando dás por ti estás no meio de um moche, onde acabas por entornar a sangria por cima do teu casaco branco, da tua T-Shirt branca e das tuas sapatilhas brancas. Que outfit inteligente para a ocasião. Quando o concerto acaba, já tens a voz igual à do Bezegol.
Entra em palco aquele que nem me vou dar ao trabalho de ir pesquisar o nome, ele só vê o rabo do público porque já está tudo virado para a porta do recinto, ou na fila para comprar um Cachorro Quente à Camaleão. Encontras aí pessoas que conheces da net, ouves os típicos comentários "ESTÁS TODA CEGA", respirar um bocado e o grupo decide que está na hora de voltar para casa.
Há quem tenha sorte (*cof* eu *cof*) e vai parar à zona fora do recinto atrás do palco e um guarda oferece-te a hipótese de ires aos bastidores para conhecer o Bezegol, e quando dás por ela estão a trocar 4 beijinhos, 1 abraço e 6 fotos.
A tua boleia chega. Não tens a mínima ideia como chegaste a quarto, deitas-te sem forças para desligar a luz ou meteres o telemóvel a carregar.
Acordas na manhã seguinte à hora do lanche, então decides ir almoçar e postar no Instagram, que é digna de ser partilhada no Facebook também, as fotos VIPs e ir meter nojo para o Twitter para quem não teve a mesma sorte que tu.
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Bebedeira ao relento.

"#ExcluídoDaSociedade porque prefiro ter uma noite pelas ruas do que numa discoteca", escrevem as pessoas apesar de já terem visto 3 milhões 147 mil e 528 tweets iguais.
Identifico-me com elas, apesar de a minha mãe não me ter deixado ir ao Eskada e obrigar-me a ir para casa, na semana passada, então fui ao Kasa.
Para quem não nasceu com os dotes da Blaya na massa musculosa traseira ou que a única boa outfit que alguma vez teve foi na primeira comunhão, prefere apanhar a jarda num sítio onde não possa ser barrado pelas suas calças à cagão e meia com croc a condizer. Para não falar que com 5€ consegues ficar tão bêbado onde acabas num camião do lixo com a polícia atrás de ti (se nunca fizeram, experimentam que vão querer repetir a experiência), e numa discoteca, com 15€, pagas a entrada e um gin bastante XPTO, com framboesas, hortelã, chocolate preto e nozes a boiar que nem a garganta aquece. Todas as histórias que acontecem quando ficas alcoolizado na rua acabam por ser histórias para a vida que ficas a pensar se vais poder contar aos teus netos ou não. Num night club, o máximo que pode acontecer é comeres uma pessoa, que pode ser bastante bom, mas isso não se compara a uma bebedeira em que ias acabando por ser atropelada pelo Jimmy P e pelo Valete (algo que também recomendaria experimentarem um dia).
Na rua podes deitar-te no meio da calçada, tentado não meter o cabelo em cima de um poio branco de cão, e ficar a pensar nos mistérios cósmicos enquanto ignoras os amigos bêbados secantes a dizerem para te levantares que estás a fazer figurinhas tristes.
Na rua, há sempre um mistério. Como é que uma moeda de 5 cêntimos foi parar dentro do garrafa de receita? Como é que tiraste uma selfie com o Presidente da Câmara? Como é que levaste 10€ para o jantar com bebida à descrição, comeste e bebeste e na manhã seguinte com a nota de 10€ ainda na carteira?
Uma noite em casa, sóbria, são 1000 histórias de vida perdidas, e se saires, já sabes que vais acabar por acordar com 7 mensagens a dizer "Estás viva?" e acabarás por ouvir a história em que ias sendo presa por tentativa de rapto de um bebé do carrinho, mas tiveste sorte de os pais terem sido compreensivos.
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Vestimentas de meninas.

Atenção!, post somente direccionado para pessoas possuidoras de uma vagina.
Não posso generalizar a população feminina neste texto, mas se te identificares com o que vai ser dito, és cá das minhas!
Ainda não aderi ao nudismo como estilo de vida, mas o meu primeiro pensamento ao entrar na secção de mulheres numa loja de roupa é que talvez converter-me não seria uma ideia tão má como parece. As roupas são um déjà-vu, a única variedade é o tipo de flores mortas estampadas nas camisolas. Uma camisola "de menina" consiste, como já disse, flores podres como fundo (que deixavam D. Maria I, rainha conhecida pelo distúrbio mental que a fazia regar as plantas do papel de parede, numa depressão total) e, por cima desse desastre de quintal, uma frase/palavra em francês. Que tipo de frase? Inspiradora? Triste? Uma piada? Tanto faz. Pode dizer "Coco piétine", que qualquer pessoa que saiba utilizar o Google Tradutor vai descobrir que quer dizer "Cocó calcado", ou algo que não tem nada a ver porque todos sabemos que pronto... É o Google Tradutor e as suas "traduções". E ao que parece, mandar produzir as camisolas numa fábrica na China com trabalhadores que ainda não têm o Diploma de Finalistas da Primária não é redução de custos suficiente para fazer a camsiola toda, visto que não há tecido para fazer uma completa. Só há tecido para fazê-la até ao umbigo. Quem é o friorento na zona do ventre vai ter sérios problemas se nascer com uma crica. Nas sapatilhas, quem tiver descendência dos Patudos vai-se ver grego para arranjar umas socas, pois os produtores de calçado esquecem-se que nem todas somos estrunfes e calçamos para cima do 39.
Se conseguires ignorar as camisolas da Pull & Bear que dizem "I am a unicorn", e não "I am an unicórnio" (sinceramente, deve ser a primeira matéria que se dá em Inglês depois de aprenderes os animais da quinta) e estiveres satisfeita com as roupas que eram definidas como "Tumblrs", em 2012, desejo-te tudo de bom na vida. Caso não, vai para a secção de homens e usa a roupa deles e se alguém te enfrentar com o facto de a roupa que estás a usar ser de rapaz, diz que foi o teu namorado inexistente, mas ninguém precisa de saber, que te emprestou porque estavas com frio naquele jantar romântico na praia que nunca aconteceu mas, mais uma vez, ninguém precisa de saber.
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Porto, carvalho!

Cidade do Né, onde não estranhas ver uma senhora viciada em metanfetaminas a berrar à porta do McDonalds mais belo do Mundo "OH SENHORA PAGUE-ME UMA SOPA!", onde questionas sempre se a loja de miudezas chamada "Raras socks" faz lucro o suficiente para haverem duas pela cidade, onde vês a polícia atrás de uma velhota no Bulhão e vês-la a dar uma palmada no seu rabo e dizer "Apontem a matrícula" e continuar a correr.
Um dia na Invicta no Verão:
Chegas à estação de S. Bento e vês que se paga para fazer as necessidades fisiológicas, por isso provavelmente já ouviste um idoso a recitar o poema "Em terra de ladrões, até para cagar se paga 25 tostões". Sais de lá e se te dirigires para os Aliados, há grande probabilidade de vires ao encontro de um meet Twitter que já devia ter acabado em 2013 com pessoas a segurar em pedaços de cartão da Renova a dizer "Free hugs" ou "Escrevam o meu @ nas minhas tetas". Vais petiscar ao Mc e lembras-te sempre daquela publicação do 9Gag que dizia que este era o n° #1 dos Mcs mais bonitos da Terra e sentes aquele orgulho no coração. Neste caminho de 1 minuto já foste abordado por uns 17 pedintes, fazendo com que só possas pedir uma caixa de nuggets porque o dinheiro que tinhas para o Menu McChicken com Coca-Cola média foi todo para eles. Não quiseste pedir o Smoothie de lá porque querias ir ao Costa pedir uma morangada, que são 47 likes garantidos no Insta. Sais do Costa, vais em direcção à fila de 13 quilómetros de escaldões com pernas a falar inglês, todos à espera de entrarem na Torre dos Clérigos, olhas em volta e pensas "Como isto estava cheio no S. João... a pensar que urinei naquela àrvore porque a fila para os WC's iam da Taberna da Leonor à Spiritus". Agora dirigem-se para a Rua Sta. Catarina. Entram em todas as lojas que têm grandes placares a dizer "SALDOS", visitam as barraquinhas com acessórios manufacturados e apesar de não teres algum conhecimento sobre o Budismo, sentes-te tentado a compram o colar com o símbolo do Ohm, e acabam no Via Catarina a fazer compras na loja com comida vinda da América e a ir à zona de restauração beber algo porque estão prestes em entrar em desidratação. Saiem do shopping, ouvem um bocadinho da música que os artistas fazem com as panelas que roubaram à mãe, passas por imensos sem-abrigos que dão-te a maior pena então não consegues não dar uma ajudinha monetária, finges 9 vezes que és estrangeiro para ignorares os homens que te tentam vender óculinho Gucci e, aproveitando enquanto há luz do Sol, descem até à ponte D. Luís e tiram fotos ao Rio Douro enquanto está com a tonalidade perfeita: não muito azul, não muito verde. Se vão ficar para uma noitada no Porto, vão agora para um restaurante onde tenha baldes com bebidas, ou então nem vale a pena entrar. Vão à baldaria do costume, uma garfada de comida equivale a uma golada na bebida, ao fim do jantar acabas por dar mais 7€ na conta porque as tuas capacidades matemáticas desapareceram juntamente com a tua dignidade quando aceitaste beber vodka com cuspo a meio do jantar. Saem de lá e o grupo separa-se: Uns para o Plano B, outros querem Pitch, uns querem aproveitar a boa outfit para irem ao Gloss no Eskada, os esfomeados querem ir às festas de Erasmus no Boulevard, os alternas vão à festa que está a haver na Belas Artes, os pesados vão à Terapy que vai haver no Hard Club. Cada um segue o seu caminho, todos a gritar o hino do FCP enquanto caminham, e quando chegas à porta do Plano B, a amiga que ainda tem fome acaba por pedir um cachorro no carrinho que há lá ao lado.
Conclusão da noite: O cachorro cai-lhe mal, quer a trinca que deu, quer o jantar são expelidos pela sua boca fora e tens de ligar à mãe de alguém para a levar a casa ao mesmo tempo que estás a afastar uma mulher chamada Rebeca com uns sólidos 50 anos que apareceu do nada a tentar ajudar a que gregou enquanto lhe oferece o seu charro de crack. Vais com ela para casa, são uns 20€ que poupas e um caso de noite que perdes.
Isto é Porto, carvalho!
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Jantar de amigas.

As tuas amigas ricas que te deixaram uma semana à deriva chegam finalmente das férias que tiveram, "por coincidência", nos mesmos dias umas das outras. Depois não querem que desconfies que marcam retiros para falarem mal de ti.
O teu cérebro já não estava habituado a processar tanta informação. Quando elas te mandavam SMS's a dizer "Tenho tanto para te contar quando chegar", elas não estavam a gozar. Pela quantidade de histórias que elas te contam que aconteceram nessa semana, fazem com que os 3 filmes da "Ressaca" pareçam que tenham sido viagens monótonas. Podem viajar para o outro lado do Planeta mas encontram pessoas da cidade natal, fazendo com que tenhas de prestar a máxima atenção ao que elas dizem ou já não percebes como é que elas viram a filha do tio do taxista que as levava para casa depois da noite no Urban a andar a comer o ex-melhor amigo do irmão da maior porca do Ribadouro. Se há tantas histórias nas festas a que foram mesmo estando alcoolizadas, nem quero saber quantas mais haviam se elas se lembrassem de 100% da noite. A cada episódio que contam só te vem à cabeça "São 5h da tarde na história que está a contar e já deve ter gasto uns 70€, mula rica!". O ouvido já soa, o cérebro já está em papa, a tua mão já está com os tremeliques depois de teres desenhado não sei quantos esquemas para tentares perceber as ligações das pessoas que elas falam para tentares contextualizar-te melhor, e já sabes os podres todos de pessoas que nem de cara conheces.
Depois vem o momento alto da conversa, quando elas te dão a palavra: "E então, o que aconteceu enquanto estivemos fora?". O silêncio invade a sala. A história mais emocionante que te lembras que te aconteceu foi naquela tarde em que decidiste fazer praia para um sítio mais ao lado do que é habitual. O suor escorre-te na cara, esforças-te para tentares inventar uma boa mentira só para elas pensarem que tens uma vida com histórias picantes, mas nada é demasiado credível para dizeres.
Acabas por dizer "Estive a deprimir a pensar em vocês" e lá passas mais 2h a ver Instagrams e Facebooks das pessoas que elas conheceram lá.
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Universidade Sénior.

Lição número XIV, XXVII/II/MMXV d.C.
Sumário: Verificação e correção do TPL (Trabalho para Lar). Teste Oral (Para ver se o aparelho auditivo ainda está funcionável). Revisão da matéria dada (Há 5 minutos para os que sofrem de Alzheimer).

Numa Universidade Sénior, os alunos não querem sentar-se na última fila, ou é frontline ou o estigmatismo e as cataratas não permitem que vejam a letra de tamanho 72 que está a ser projectada no quadro. Quando eles pedem para ir fazer xixi e a Professora diz que podem, eles respondem "Obrigada............. já está". O toque é também meramente informativo, mas não é para informar que é a hora de saída da aula, mas sim que está na hora de tomar os medicamentos para a osteomielite. O Bufete chama-se Buphete, e só vendem comidas softs para evitar que a placa dentária risque. A Enfermaria é o lugar mais populado da escola, repleto de Donas Lurdes que quiseram-se armar e responder às perguntas da Professora no quadro, acabando por partir uma anca ao tentarem levantar-se das cadeiras. Nas casas de banho há um fraldário. O escalão A é para quem tem reforma baixa.
Pode parecer uma balbúrdia na quinta esta Universidade, mas as notas dos Exames são as mais altas de Portugal... nos exames de História... porque todos aqueles que ainda não têm problemas de memória ainda se lembram do que viveram.
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Abuelita.

Nem todos têm a oportunidade de se gabarem que a sua avó é a Ministra... da comunhão.
Tem um doutoramente em ser católica, que é o mais próximo que alguém da família esteve de entrar na Católica. Não a considero fanática pela religião, é apenas uma groupie de Jesus Cristo.
Passou os primeiros 13 anos da minha vida a dar-me todos os Natais "A Minha Primeira Bíblia", não percebendo a ironia da coisa. Ganhou street credit por ser a responsável a dar a comunhão aos que andam desorientados e sem fé pelo Mundo, respeito de rua por parte de todos os sem-abrigos pois é ela que dá alimento para eles, para não esquecer o cartão vitalício que dá acesso directo às cozinhas da Sopa dos Pobres.
Depois de uma longa noite de festa a ler 4 edições de Bíblias diferentes à procura de erros históricos numa, vai ao after: A missa das 8h. Javardo total. Manda LSD chamado "Hóstias" que a fazem ter grandes tripes, como ter aparições de Nossa Sra. de Fátima e de um anjo que anda a trollar virgens a dizer que estão prenhas. Faz shots de Sangue de Cristo, e em afters mais agressivas, vai de cálice. Há cantos gregorianos que ainda não percebi muito bem para que servem, mas pelo nome acho que é para chamar o gregório para quem está a bater mal. O Padre da Igreja é tipo o Paulo Pinto do Hard Club, o que anima a festa. Ainda nem sei como se não se lembraram de levar o famoso rapper português Bispo para ir lá actuar. Nem como nunca os vi a fazer um charro em cruz (um cross joint).
Para terminar o after, a casa paga uma rodada a todos os que estão presentes de água minada, a que eles gostam de chamar "Água benta". Aí quinam todos, põem-se de joelhos a sussurrar algo (acredito que estejam a focarem-se para não morrerem), e só no Domingo seguinte é que estão prontos para outra.
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Aniversário da Avó.

Hoje tem #73Mila. Vai ser até às 21h non stop. Apanhar a real (seca). #BeberCairPartirAAnca.
Só em festas deste calibre é que a família se reúne toda. Desde a tia que encontras sempre na rua quando sais com os teus amigos, até aos familiares que já não os vês desde o #72Mila. Quando pensas que tens uma família vergonhosa, é nestas noites que consegues a confirmação.
Tal como num texto argumentativo, festas destas estão divididas em 3 partes:
Introdução- A tua família chega atrasada, com a tua mãe com uma tarte na mão e nós, os filhos, com dois saquinhos da Modalfa para a aniversariante. O cheiro do guisado invade a cozinha, e os adultos começam a conversa de chacha habitual a perguntar às mulheres que têm o marido no estrangeiro como vai ele. A introdução costuma ser curta, mas no aniversário da Avó Mila são bastante longas porque aqueles tios com 3 primos crianças estão uns sólidos 45 minutos atrasados.
Desenvolvimento- Chegaram todos. Podes já ter um mestrado que a ficas na mesa dos primos ranhosos que ainda usam a fralda apesar de a médica já estar a dizer há 7 meses que têm de aprender a usar o pote. Se tiveres muita sorte, a tia preguiçosa não te pede para dares a papa à boca da criança. E se conseguires ignorar os gritos histéricos que eles fazem ao brincar com as batatas fritas, ouves as piadas hilariantes que estão a contar na mesa dos adultos e o festival de Verão a que a tua avó foi: Fátima a pé, confirmados 200 padres e 65 sacerdotes, 2 missas por dia e o terço é o after. O almoço já está a acabar e os adultos decidem brindar champanhe. Apesar de já beberes há anos, a tua mãe continua a ficar chocada quando aceitas o álcool, então tens de beber lentamente e com cara de nojo quando dás um gole para ela não desconfiar nas tuas saídas, naquelas que já estiveste prestes a entrar em coma alcoólico.
Conclusão- Os bebés estão com a barriga cheia e adormecem, e os pais espertinhos aproveitam isto como desculpa para irem para casa, e lá vão eles. Tu e os primos da tua idade acabam por ficar no sofá da sala a ver Money Drop e ninguém tem coragem de referir que está a dar Hawaii Força Especial na Fox, e estão todos muito colados uns aos outros para poderes ir à net tweetar a seca que estás a apanhar. Com o passar do tempo, tu e os teus pais acabam por ser os sacrificados do aniversário e têm de ficar a lavar a louça para que a Dona Emília não tenha de estranhar a unha e para que a humidade da água quente não estrague o novo capacete que fez na Fátima. Depois de inúmeros pontapés nas pernas dos teus pais, lá vais embora para casa às 6h da tarde.
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Augusto sê doce connosco por favor.

Pensas que ainda estás na primeira quinzena de Julho quando recebes uma mensagem da Yorn a dizer que o teu pacote de dados foi renovado e vês imagens no Instragram a dizer "August be good please".
Cai-te tudo em cima. Vão começar os melhores festivais de Verão agora, a última chance de te divertires antes de voltares às idas à Staples para comprares uma régua flexível da Maped para condizer com a mochila do D8 que compraste no Continente com desconto em cartão.
Os que vão ao Surf at Night: Já perceberam porque é que se chama SAN: Sem Anunciar Nada. Falta uma semana e ainda nem sabem se vão comprar o passe semanal quando só dia 8 é que aparenta valer a pena ir. Às cegas quanto ao que vai haver nos dias grátis que vai haver este ano. Ainda a recuperar da surpresa de o Bezegol ir lá actuar... quase. O número do dealer já está em marcação rápida, já andam a recolher todos os cartões da CP estragados que têm para usarem como filtros. Fazem refresh na página do SAN no Facebook para ver se há informações mais detalhadas, mas parece que a Organização não está para aí virada. Aloha família.
Os que vão ao MEO Sudoeste: Zimbora para a Zambojeira do Mar. A tenda que já não era tocada desde os tempos de Escuteiros sai da garagem e vê um raio de luz ao fim de 7 anos. O carro anda com os pneus da frente levantados devido ao peso das cervejas que estão na mala. As cordas vocais estão preparadas para passarem 5 dias a gritarem "OH ELSAAAAA". Os rapazes já arranjaram bandanas e as raparigas o seu chapéu de palha do Licor Beirão. Mal podem esperar por passarem 120 horas sem fazer cocó.
Os que vão ao Paredes de Coura: Está tudo desesperado porque não conseguem arranjar selfie sticks para câmaras analógicas. Em termos de atum já estão abastecidos para os dias todos e a venda de cogumelos e LSDs aumenta exponencialmente nos dias de festival. Estão todos a preparar-se mentalmente para acordarem durante 4 dias seguidos com ressaca de vinho tinto e para os que moram longe, ainda estão a tentar perceber o caminho da estação para o recinto.

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Viagem Medieval.

Sabes que quem diz "VM" vai lá pelo hidromel a 50 cêntimos, pelas copadas de sangria e com o intuito de encontrar pessoas que segue nas redes sociais, enquanto os que dizem "Feira Medieval" vão confirmar se a encenação de D. Afonso III a conquistar território mourisco é igual às 19 edições anteriores, à parada dos leprosos e cumprimentar a cabrinha que acabaram por se afeiçoar depois de tantos anos a visitá-la.
Os VMers procuram ir ao recinto todas as noites, havendo uma preocupação prévia desta Feira começar de tentarem arranjar a pulseira que dá acesso a todos os dias da Viagem. Ficam chateados com os pais porque só deram dinheiro suficiente para pagar 80% de todas as noites, obrigando-os a pedir a Deus que os abençoe com amigos generosos, capazes de pagar uma bebida aos pobres. É indispensável não saírem um bocadinho das tasquinhas só para irem tirar umas fotos com os candeeiros coloridos nas barracas de venda. As raparigas deste grupo vão vestidas com um poncho, calções de ganga, Vans rotas para que não haja problema em borrá-las com pó e um coco oco como mala. Lá fazem tererés e tatuagens com Henna, já levando uma imagem de uma que encontraram no Tumblr para dar à tatuadora, como referência ao que querem tatuar. Os rapazes... não saem das tascas.
Quer nas VMers, quer nos VMers, todos enfrentam o mesmo problema diariamente: Boleias. Vão de Vouguinha, voltam a nado. Sugiro que raptem um camelo dos árabes que andam por lá e façam-se à estrada.
Os FMers limitam-se a divertir-se ao ver pessoas a calcarem poios de cavalo que andam pelo chão, e riem-se quando passam pelos WC's e tem lá uma placa a dizer "Esterqueiras".
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Bubadeira.

É muito bonito quando dizem que não precisam de beber para se divertirem numa festa, mas ninguém pode negar que é a bebedeira que faz a noite.
Mesmo antes de beberes, sabendo que vais apanhar a bebedeira, já estás com uma jarda psicológica: Tens a mesma quantidade de álcool no sangue que a Ammy Whinehouse nos últimos 4 anos mas já estás a socializar com maior facilidade.
O Manelinho faz anos, os pais confiam-lhe a casa, e assim começa a festa.
Primeira hora da festa é o aniversariante a explicar por telemóvel onde vive para quem vem de longe. Já estando a falar com a mãe do colega ao telefone, torna-se difícil explicar onde mora quando a mãe não conhece a Padaria Bom Cantinho ou a Capela local.
Chegam todos, começam a reunir-se para começarem a beber.
Primeiro shot. Tequila. Usam sal grosso porque, por alguma razão, o Manelinho não tem sal fino em casa. Começam as perguntas dos mais novatos: "É shot, sal, limão ou limão, shot, sal?" e depois de perceberem que é "Sal, shot, limão" conseguem estragar o esquema todo e ficarem com o sal na mão.
Segundo shot. Vodka morango. Os rapazes recusam-se a participar nesta ronda para afimar a sua masculinidade.
Terceiro shot. Vodka preta. Aqui começam os snaps antes que a língua volte à cor normal. Mais uma vez, os machos recusam-se a beber pelos mesmo motivos e ficam a beber a sua Mini enquanto a sua Whisky-Cola está no frigorífico porque a Pepsi estava quente.
A noite vai passando. As "bebidas de raparigas" desaparecem, juntamente com os sumos de maracujá. Os copos de plástico de shot já estão todos a serem reaproveitados. Só a vodka pura e o Whisky vai sobrevivendo. Já está tudo com grande bebedeira, onde convertido à unidade métrica das pitas, "uma grande bebedeira" é equivalente a "uma Somersby e meia" em unidade S.I. desta escala.
Os rapazes: Todos muito zens. Formam um círculo com Mundo Segundo a dar na coluna portátil do telemóvel de um a fazer o deles.
As raparigas: Uma a gregar-se toda porque esqueceu-se que estava medicada com Centrum For Kids. Outra histérica porque já passa da hora de tomar a pílula dela. Um enxame de outras reunidas a tirarem fotos às suas línguas. Outras, sóbrias que passaram a noite toda ao telemóvel, a tirar fotos com olhos de cegas a fingir que estão a ter o momento da vida delas. Uma a urinar no quintal da casa, num momento de desespero.
No meio desta balbúrdia toda, só aquela pessoa que está com a bebedeira no ponto (Que tem percepção do movimento de rotação da Terra, que ri-se da palma da mão, que anda só com uma sapatilha no pé, que diz teorias parvas o suficientes para a internarem no Magalhães Lemos) é que se está a divertir verdadeiramente.
Os que têm os pais a virem-nos buscar, ficam sóbrios no momento em que a mãe liga a dizer que está lá fora. Os que vão ficar a dormir lá, preparem-se para uma noite a dormir no azulejo do chão duro e gélido até às 9h, onde vos espera uma manhã de limpezas com hálito de quem está com uma virose terminal.

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É uma casa portuguesa, com certeza.

Para seres o verdadeiro portuguesinho, tens de ter uma família à  português também. Para assim o ser, tens de ter estes parentes:
1) O Tomané e a Graça - O Tomané assemelha-se a um barril com duas pernas. Usa camisola de Portugal do Euro 2004 e uma cruz de ouro fingido ao pescoço. Tomané é o mais portuguesinho que se encontra, não sabe ler nem escrever mas sabe as últimas novidades da Worten. Sabe de cor os preços dos tablets rascas que saíram, na mala do seu Fiat Punto tem uma aparelhagem mais pesada que o próprio carro, e tem o CD Top Kizomba 2000 no leitor de discos. A Graça é enfermeira. Não tem curso, mas já massajou a perna de uma prima e a prima gostou. Tem a casa inundada com santas e ácaros, e no quarto dos hóspedes está a sua mãe a bater as caçuletas e a única razão que tem para a acolher é que está à espera que ela estique o pernil para que a reforma "da velha" vá para ela. O maior orgulho deste casal é o seu filho, o Ivo. Ivo tem um curso. Andou na Escola Profissional de Amarante em Informática. Graça gaba-se sempre de ele ter tido média de 10.3, a melhor na turma, o que o levou a 3 anos no desemprego então trabalha agora numa churrasqueira e namora com uma senhora da idade da sua mãe.
2) O Tio Alberto e a Tia Cândida- Para quem já viu o filme Gaiola Dourada, sabe que tipo de casal é este. Os verdadeiros Avecs. Vivem em França e passam o Verão em Portugal. Em 37 anos nesta rotina, nunca se incomodaram em ir uma vez ao Algarve ou visitar outros sítios de Portugal. Uma vez foram à Madeira onde se chatearam com o genro por ele querer comer em restaurantes quando a Cândida e o Alberto já tinham os tupperwares com a comida preparados. Almoçam às 12:30h e às 19:00 já estão todos na mesa para jantar.
3) A Marta e o Joca- O casal jovem e fixe. A Marta é decoradora de interiores e o Joca é baixista da banda IRS (Isto Rocka Sempre). Quando te visitam trazem bilhetes de um concerto comprados na Fnac e o Joca sugere sempre que ouças The Black Mamba. Aqueles que, sem avisar ninguém, postam no Facebook uma imagem deles a andar de bicicleta pelas jardins de Amesterdão.
4) A Cristina e o Zé- Os que têm a casa mais fixe, com piscina, mobília moderna, mas só há um problema: Não se vê o chão graças aos 3 filhos, todos crianças. Cristina deve laquear as trompas antes que mais uma desgraça aconteça. Os três filhos, dois rapazes e a mais nova rapariga têm um vício estranho, o ketchup. Massa com ketchup, alface com ketchup, sopa com ketchup. São os últimos a chegar a todos os eventos, mas vêm sempre todos perfumados e com óculos do sol todos a condizer. Está higiene toda desaparece quando começam todos a fazer cocó na fralda e Cristina finge durante uma tarde inteira não sentir o cheiro que queima os pêlos das narinas de toda a gente.
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Ovelha negra da família.

Quando tu e o teu grupo de amigos organizam um jantar só com o objectivo de passar uma noite a falar mal sobre aquela pessoa, sem te aperceberes, os teus pais fazem o mesmo. Chama-se "Jantar de família". E a vítima és tu.
O bullying já começa antes de os convidados chegarem, quando metes os guardanapos que aparentemente não condizem com o conjunto de louça eleito pela mãe para tentar impressionar a sogra, quando a posição dos talheres aparentemente não está de acordo com o feng shui da mesa, quando metes os copos da Coca-Cola que ganhaste no McDonalds em 2007 por teres comprado dois Sundaes mas não são o aesthetic da tua progenitora. Todos estes desleixos da tua parte que levam a uma discussão agressiva, fazem com que tenhas de passar o jantar inteiro a fingir que amas a tua mãe.
O Ice Tea está quente, o teu primo de 9 anos já se cansou de ver vídeos sobre o Minecraft então já te fez a típica pergunta se tens jogos no telemóvel e mentires ao teu primo em frente aos teus tios torna-se cada vez mais desconfortável, a tua mãe já te obrigou a interromper a tua ceia inúmeras vezes para ir buscar uma coisinha à cozinha, a TV já está na RTP1 às alturas para o teu avô ficar satisfeito, e como de esta diversão toda já não bastasse: Ouves o teu pai a inventar histórias más tuas só para poder ficar visto como o engraçadinho da mesa.
"Deixa sempre a toalha molhada em cima da cama!" Aconteceu uma vez, na Páscoa de 2012 porque a família chegou e não tive tempo de a arrumar.
"Em tudo o que mexe, tudo parte. Uma autêntica elefante." Parti um copo no Natal de 2000 porque tinha 3 anos e não sabia o que fazia.
"Está sempre no computador a fazer publicações no Facetrucas ou Facebookas ou sei lá como se chama" Partilho uma música de semana a semana. E já não mexo num computador há meses. Uso o telemóvel.
Já me andei a informar sobre lares na região, agora é só esperar. 
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Estou a usar meias pretas ou são pés sujos?

Após 37 ameaças de que me vai deserdar, 56 sermões sobre o facto de que nunca vou conseguir ser ninguém na vida, 14 referências ao programa dos Acumuladores Compulsivos do TLC e  1 "Não te deixo ir ao Surf At Night", lá tive eu de ir arrumar o quarto.
Não o considero desarrumado, para mim é uma arte abstrata. Acredito que a desarrumação exercita-nos o cérebro, quando temos de recorrer aos nossos conhecimentos de Tetris para encaixar mais uma louça na mesinha de cabeceira que já está cheia de tralha, incluindo um garfo com vestígios de atum apesar de já teres virado vegetariano há uns sólidos 3 meses.
Mas arrumar faz-nos ter momentos de reflexão. Sabem aquelas discussões todas com a vossa mãe pela incompetência dela ao lavar roupa porque as meias pretas desaparecem sempre? Afinal estão debaixo da cama. Juntamente com aquela folha com códigos do GTA que já não a vês desde há 5 anos atrás.
Limpei o espelho que tinha no quarto e fiquei a descobrir que ele não tem o efeito Grain que quem usa VSCO Cam sabe o que é, é apenas sujo.
Fiz a cama de raiz e descobri que afinal a minha mãe não tinha estragado a minha sweat favorita e pô-la ao lixo de surra, estava lá escondida.
Limpei o pó ao armário e afinal tinha razão que ao longo do ano tinha feito resumos daquela matéria que saiu no Exame, só que agora já não vale a pena.
Aspirei o chão e ia garantir que o aspirador teve um ataque de asma, ouvia-se areia a subir pelo tubo que tenho quase a certeza que ainda é do Verão passado.
A minha ex-empregada chamava-se Luísa, agora ouço D.A.M.A. enquanto arrumo ao pensar nas saudades que tenho dela.
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Somos um grupo de pobrecas.

Sabes que a vida anda difícil quando o teu grupo de praia tem de convocar uma reunião formal no chat de Facebook para organizarem uma vaquinha com o intuito de comprar aquela maravilhosa bola de voley de 6,50€ que viram no chinês Chic NaNa.
Para não falar daquela tarde em que encontraram uma tampa de um balde de tinta a boiar pelo mar e passaram o resto do dia a usá-la como frisbee.
Há quem tenha a sorte de ter uma amiga monetariamente privilegiada no grupo que leva uma litro e meio de água que vai ter de dar para todos.
Claro que também há um rico no grupo que sugere irmos lanchar umas torradas biju e um Compal Frutos Silvestres ao Casino. Um conselho: Se são essa pessoa, não o mostrem. Mal és detectado como o riquinho do grupo, os mais pobrecas vão-se a ti armados em gaivotas e picam-te tudo e só vais acabar por comer 1/3 do pacote de Lays com sabor a presunto que compraste, e com sorte ainda ficas com o restinho quente do Ice Tea que era teu.
Os pobres mas espertos trazem o seu pão com manteiga de casa, acabando por ficar a saber a guardanapo por ter estado embrulhado num até às 17h, para não falar que o pão que estava fresco e fofo quando saiu de casa, a essas horas vai parecer que estás a comer um DentaStix.
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Fui ao Algarve.

Mentira, não fui. Mas estive prestes a ir. Mentira, não estive. Tenho de fugir diariamente do pica do comboio para poder comprar pipocas de 1€ do Pingo Doce mais Coca-Cola rafada, ia lá eu ter dinheiro para ir para uma zona onde se gasta, em média, uns 70€ por dia. Sim, porque eu sou uma rapariga que ainda não atingiu os níveis de beleza necessários para entrar à pala no Seven onde tenha um rebanho de rapazes que me paguem pinga. Não sou bonita o suficiente para ir ao Bliss e meter uma foto no Instagram com a descrição "Blissima".
E para ir ao Algarve ia ter de arranjar uns 7 amigos para divir casa. Arranjar 7 amigos já é tarefa difícil, então 7 amigos que alinhem ir ao Algarve é quase tão impossível como o Anthony B não cancelar um concerto em Portugal.
Mas ficar pelo Norte e os outros irem tem as suas vantagens:
1) Há Coca-Colas frescas no Pingo Doce porque está tudo no Sul então ninguém vai lá buscá-las.
2) Quando já te cansaste de ver o 8° episódio seguido de Cops na Fox Crime às 4h da manhã, vês os episódios de 257 segundos no Snapchat gravados numa festa algarvia com os ângulos mais esquisitos para que consigam mostram que estão a segurar num copo com a mão que não está a gravar.
3) O drama na tua vida vai aumentar exponencialmente quando a tua amiga que foi para lá voltar, pois ela ainda não parou de mandar "Nem te passa, quando chegar aí tenho de te contar tudo!"
4) O Instagram vai deixar de ser aquela rede social que se assemelha à 5ª ida ao frigorífico durante a noite e não aparece lá nada de novo. Nesta altura do ano, a app vai sendo actualizada ao longo da madrugada, vai haver sempre fotos novas para tu fingires que não viste, a não ser que apareça lá a tua amiga, aí metes like.
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Take 3420000.

Tentativa número 3 milhões 420 mil de criar um blog.
Não tenho fé nenhuma para esta página, ando desde o Mundial de 2010 a tentar manter-me activa no Blogspot, falhando redondamente em, digamos assim, fazendo umas contas, arredondando o resultado às décimas, 100% das vezes. Houve uma tentativa que se destacou das outras, apliquei-me imenso para actualizar o meu blog, devo dizer que foram uns óptimos 2 dias.
Maior é a minha crença ao tentar fazer com que isto resulte no Verão. Demasiado tempo livre, um dia estou eu a dizer "Hoje não vou escrever nada, amanhã compenso com um bom texto" e quando dou por ela estou eu a fazer um copy paste deste texto enquanto vejo os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 realizados em Pequim. Isto se o Blogspot ainda existir até aí, esta "rede social" está a competir com os ursos polares em termos de extinção.
Por enquanto vou-me limitar a escrever para os 13 usuários activos neste site em Portugal, mais objectivamente para os meus 0 fiéis seguidores.

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